O que é a tetracromacia?
A tetracromacia é uma condição genética muito rara. Ela permite que algumas pessoas vejam muito mais cores do que o normal.
Geralmente, nossa visão depende de três tipos de cones na retina: vermelho, verde e azul. Isso é chamado de tricromacia.
No entanto, pessoas com tetracromacia possuem quatro tipos de cones. Esse cone extra permite perceber cores que a maioria das pessoas não consegue ver.
Essa condição acontece, na maioria das vezes, em mulheres. Isso porque está ligada ao cromossomo X. Como as mulheres têm dois desses cromossomos, a chance de desenvolver a tetracromacia é maior.
Pesquisadores acreditam que entre 1% e 3% das mulheres no mundo podem ter essa habilidade funcional.
Curiosidades e fatos sobre a tetracromacia
Um mundo com muito mais cor
Um tricromata pode enxergar cerca de 1 milhão de cores. Já uma pessoa tetracrômata pode perceber até 100 milhões de cores. Isso significa que o mundo parece muito mais colorido para ela.
Testes de tetracromacia: será que você tem?
Existem testes online que prometem identificar tetracrômatas. Mas é importante lembrar: esses testes não são confiáveis.
Para confirmar essa condição, é preciso fazer exames específicos. Esses testes só estão disponíveis em centros de pesquisa e laboratórios de visão.
Tetracromacia e a arte
Algumas pessoas têm uma sensibilidade especial às cores. Por isso, é possível que pintores, designers e artistas sejam tetracrômatas sem saber.
Essa sensibilidade pode explicar por que certos artistas têm facilidade em trabalhar com tons, luzes e sombras. Inclusive, especialistas acreditam que muitos vivem com essa condição sem nunca perceber.
Casos reais de tetracromacia
Um dos casos mais conhecidos é o da artista australiana Concetta Antico. Ela enxerga cores onde outras pessoas veem apenas sombras. Em uma simples parede cinza, por exemplo, ela vê tons de rosa, roxo e verde.
Além disso, pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, identificaram uma mulher com tetracromacia funcional. Ela tinha os quatro cones e, de fato, via mais cores que o normal.
Esses casos mostram que essa condição é real — embora seja muito rara.

Qual é a causa?
A tetracromacia acontece por uma mutação genética. Essa mudança faz com que um quarto cone se desenvolva na retina.
No entanto, não basta ter quatro cones. Para que a tetracromacia funcione, o cérebro também precisa processar essas novas informações.
Ou seja, é preciso mais do que uma estrutura física. O cérebro tem que estar preparado para perceber essas cores extras.
Uma vantagem na natureza?
Alguns cientistas acreditam que essa mutação ajudava nossos antepassados. Ela poderia facilitar a identificação de frutas maduras ou de riscos escondidos na floresta. Por isso, talvez tenha sido uma vantagem evolutiva.
Conclusão
A tetracromacia é uma condição que nos mostra como a percepção do mundo pode variar de pessoa para pessoa. Talvez, o que vemos seja apenas uma pequena parte do que realmente existe ao nosso redor. Para alguns, as cores do mundo são infinitas — literalmente.
Se você ficou curioso, por que não explorar testes visuais e observar como você percebe as cores? Quem sabe você também veja o mundo de um jeito diferente?
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Referências
- A visão tetracrômata e suas implicações.
Fonte: Cambridge University Press - Estudos genéticos sobre a tetracromacia.
Fonte: Vision Research - Pesquisa sobre tetrachromacy em humanos.
Fonte: University of Newcastle
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