Libélula em Equilíbrio

Os olhos mais complexos do mundo animal: parte 2

A diversidade da visão no reino animal continua a surpreender. Na primeira parte deste conteúdo, exploramos os olhos extraordinários do camarão-louva-a-deus e das aranhas-saltadoras. Agora, aprofundamos o tema com mais dois exemplos notáveis: as lulas e as libélulas. Esses animais também possuem sistemas visuais tão avançados que os colocam entre os donos dos olhos mais complexos do mundo.

Lulas (cefalópodes): visão inteligente nas profundezas

Olhos parecidos com os nossos

As lulas, cefalópodes, e polvos que habitam os oceanos, também estão entre os animais com os olhos mais complexos do mundo, elas têm olhos que lembram os dos humanos em estrutura — com pupilas, íris, cristalino e retina. No entanto, essa semelhança é resultado da chamada evolução convergente, ou seja, estruturas parecidas que evoluíram separadamente em organismos distintos.

Percepção de contraste e luz

Esses animais enxergam muito bem em ambientes escuros, característica essencial para caçar em profundidade. Suas pupilas podem se expandir ou contrair para controlar a entrada de luz, e sua retina é altamente sensível ao contraste.

Lulas também conseguem ajustar o foco, acompanhando presas em movimento com precisão. Isso as torna caçadoras ágeis e eficazes, mesmo em águas turvas ou mal iluminadas.

Comunicação visual

Algumas espécies de lulas utilizam suas habilidades visuais para se comunicar com outras, mudando padrões e cores de sua pele com base no que veem. Essa interação entre olhos e camuflagem ativa mostra como a visão das lulas é integrada a outros sistemas corporais.

Capacidade de detecção e adaptação

Algumas lulas bioluminescentes também conseguem usar a luz a seu favor para se esconder de predadores ou confundir suas presas. Seu controle sobre a entrada de luz nos olhos, aliado ao uso da luz corporal, reforça seu lugar entre os animais com os olhos mais complexos do mundo.

Os olhos mais complexos do mundo animal: Lulas cefalópodes
Lula (cefalópodes)

Libélulas: visão aérea em 360 graus

Olhos compostos gigantes

As libélulas são predadoras aéreas velozes, e seus olhos são fundamentais para seu estilo de vida. Elas possuem dois olhos compostos enormes que cobrem a maior parte da cabeça, proporcionando uma visão quase completa de 360 graus.

Cada olho é formado por até 30 mil omatídeos, estruturas que captam a luz individualmente. Isso permite à libélua detectar o menor movimento ao redor e reagir em frações de segundo.

Visão em múltiplas direções

Graças à sua configuração ocular, a libélua pode ver para frente, para os lados e até para trás ao mesmo tempo. Essa habilidade é crucial para caçar outros insetos em pleno voo com precisão.

Rastreamento de alvos em movimento

Estudos mostram que libélulas são capazes de prever a trajetória de presas em movimento e ajustar sua rota de voo para interceptá-las. Essa capacidade é resultado de um sistema de visão e processamento cerebral altamente refinado — mais um motivo pelo qual estão entre os animais com os olhos mais complexos do mundo.

Coordenação e resposta neural

O sistema visual das libélulas está ligado a uma resposta motora quase instantânea. Isso as torna não apenas eficientes como caçadoras, mas também altamente resistentes a ataques. Seus olhos, aliados a um sistema nervoso rápido, são essenciais para a sobrevivência.

Libélula Dragon fly

Conclusão

Lulas e libélulas reforçam que a complexidade visual na natureza vai muito além da percepção humana. Seja nas profundezas do oceano ou no ar, seus olhos são ferramentas de precisão, adaptadas para sobreviver, caçar e se comunicar. A diversidade estrutural e funcional dos olhos no reino animal continua a inspirar cientistas e nos lembra de que ainda há muito a ser descoberto. De todas as perspectivas, elas merecem lugar de destaque entre os donos dos olhos mais complexos do mundo.

Curioso por mais superpoderes da natureza?

Veja também: Os olhos mais complexos do mundo animal: parte 1

Referências

Olhos de polvo.
Fonte: Smithsonian Ocean

A retina de cefalópodes forma imagens nítidas apesar da ausência de fóvea.
Fonte: Springer – The Science of Nature

Arquitetura neural da retina de cefalópodes revela adaptação para visão orientada por movimento.
Fonte: Nature Communications

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