Lulas (cefalópodes): visão inteligente nas profundezas
Olhos parecidos com os nossos
As lulas, cefalópodes, e polvos que habitam os oceanos, também estão entre os animais com os olhos mais complexos do mundo, elas têm olhos que lembram os dos humanos em estrutura — com pupilas, íris, cristalino e retina. No entanto, essa semelhança é resultado da chamada evolução convergente, ou seja, estruturas parecidas que evoluíram separadamente em organismos distintos.
Percepção de contraste e luz
Esses animais enxergam muito bem em ambientes escuros, característica essencial para caçar em profundidade. Suas pupilas podem se expandir ou contrair para controlar a entrada de luz, e sua retina é altamente sensível ao contraste.
Lulas também conseguem ajustar o foco, acompanhando presas em movimento com precisão. Isso as torna caçadoras ágeis e eficazes, mesmo em águas turvas ou mal iluminadas.
Comunicação visual
Algumas espécies de lulas utilizam suas habilidades visuais para se comunicar com outras, mudando padrões e cores de sua pele com base no que veem. Essa interação entre olhos e camuflagem ativa mostra como a visão das lulas é integrada a outros sistemas corporais.
Capacidade de detecção e adaptação
Algumas lulas bioluminescentes também conseguem usar a luz a seu favor para se esconder de predadores ou confundir suas presas. Seu controle sobre a entrada de luz nos olhos, aliado ao uso da luz corporal, reforça seu lugar entre os animais com os olhos mais complexos do mundo.

Libélulas: visão aérea em 360 graus
Olhos compostos gigantes
As libélulas são predadoras aéreas velozes, e seus olhos são fundamentais para seu estilo de vida. Elas possuem dois olhos compostos enormes que cobrem a maior parte da cabeça, proporcionando uma visão quase completa de 360 graus.
Cada olho é formado por até 30 mil omatídeos, estruturas que captam a luz individualmente. Isso permite à libélua detectar o menor movimento ao redor e reagir em frações de segundo.
Visão em múltiplas direções
Graças à sua configuração ocular, a libélua pode ver para frente, para os lados e até para trás ao mesmo tempo. Essa habilidade é crucial para caçar outros insetos em pleno voo com precisão.
Rastreamento de alvos em movimento
Estudos mostram que libélulas são capazes de prever a trajetória de presas em movimento e ajustar sua rota de voo para interceptá-las. Essa capacidade é resultado de um sistema de visão e processamento cerebral altamente refinado — mais um motivo pelo qual estão entre os animais com os olhos mais complexos do mundo.
Coordenação e resposta neural
O sistema visual das libélulas está ligado a uma resposta motora quase instantânea. Isso as torna não apenas eficientes como caçadoras, mas também altamente resistentes a ataques. Seus olhos, aliados a um sistema nervoso rápido, são essenciais para a sobrevivência.

Conclusão
Lulas e libélulas reforçam que a complexidade visual na natureza vai muito além da percepção humana. Seja nas profundezas do oceano ou no ar, seus olhos são ferramentas de precisão, adaptadas para sobreviver, caçar e se comunicar. A diversidade estrutural e funcional dos olhos no reino animal continua a inspirar cientistas e nos lembra de que ainda há muito a ser descoberto. De todas as perspectivas, elas merecem lugar de destaque entre os donos dos olhos mais complexos do mundo.
Curioso por mais superpoderes da natureza?
Veja também: Os olhos mais complexos do mundo animal: parte 1
Referências
Olhos de polvo.
Fonte: Smithsonian Ocean
A retina de cefalópodes forma imagens nítidas apesar da ausência de fóvea.
Fonte: Springer – The Science of Nature
Arquitetura neural da retina de cefalópodes revela adaptação para visão orientada por movimento.
Fonte: Nature Communications
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