O Monte Everest visto a partir da Cordilheira do Himalaia, entre o Nepal e o Tibete – Fonte: Britannica

A montanha mais alta da Terra: O Monte Everest

O Monte Everest não é apenas um marco geográfico. Ele é o ponto mais alto do planeta, palco de recordes, pesquisas científicas e desafios extremos. Conheça os dados técnicos, as rotas de escalada, os impactos ambientais e todas as informações que consolidam o Everest como o topo do mundo.

O topo que marca um recorde natural

O Monte Everest é conhecido mundialmente por sua altitude impressionante de 8.848 metros. Localizado no Himalaia, entre o Nepal e o Tibete, ele se tornou símbolo de resistência física e planejamento técnico. Alpinistas de todo o mundo se organizam por anos para alcançar esse objetivo. Mas o que exatamente torna essa montanha tão especial?

O monte Everest
O topo mais alto do mundo, o Monte Everest – Fonte: Live Science

Onde está localizado o Monte Everest?

O Monte Everest está situado na Cordilheira do Himalaia, na fronteira entre o Nepal e a Região Autônoma do Tibete, pertencente à China. Seu cume atinge a marca de 8.848 metros acima do nível do mar, embora algumas medições recentes com auxílio de tecnologia de satélite indiquem um metro a mais, chegando a 8.849 metros. Essa variação ocorre por conta do movimento contínuo das placas tectônicas que formam os Himalaias. A cordilheira é o resultado da colisão entre as placas indiana e eurasiática.

Origem do nome e denominações locais

O nome “Everest” foi oficializado em 1865, em homenagem ao cartógrafo galês George Everest, que trabalhou no mapeamento da Índia Britânica. Ele nunca viu a montanha pessoalmente. Os nomes locais são mais antigos. No Nepal, é chamada de “Sagarmatha”, que significa “Cabeça do Céu”. No Tibete, é conhecida como “Chomolungma”, ou “Deusa Mãe do Mundo”.

Primeira ascensão bem-sucedida

A primeira tentativa documentada de escalada ocorreu em 1921, durante uma expedição britânica. Diversas tentativas frustradas se seguiram até que, em 1953, o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa nepalês Tenzing Norgay chegaram ao topo, registrando a primeira ascensão bem-sucedida. Desde então, mais de 11.000 pessoas já atingiram o cume.

A zona da morte e os riscos da altitude

A partir dos 8.000 metros de altitude, os alpinistas entram na chamada “zona da morte”, onde o oxigênio disponível é apenas um terço do necessário para o corpo humano. Nessa altitude, o organismo começa a falhar, e a permanência prolongada pode resultar em falência de órgãos, edema pulmonar, edema cerebral ou morte.

Perigos naturais da escalada no Monte Everest

Para reduzir os efeitos da baixa pressão de oxigênio, muitos alpinistas utilizam cilindros de oxigênio suplementar. As temperaturas podem cair abaixo de -30 graus Celsius. Além disso, há risco de avalanches, deslizamentos de gelo, quedas e fendas ocultas no percurso. Mudanças rápidas nas condições climáticas também representam um fator de risco.

A escalada e os perigos do Monte Everest
A escalada e os perigos do Monte Everest – Fonte: CNN

Permissões, custos e turismo

O governo do Nepal cobra uma taxa de permissão para escalada, que pode ultrapassar 11 mil dólares por pessoa. Os custos totais de uma expedição, com transporte, guias, equipamentos, alimentação e seguros, podem ultrapassar 60 mil dólares. O turismo relacionado ao Everest tornou-se uma fonte relevante de receita para o país.

Impactos ambientais

O aumento de visitantes gerou impactos ambientais significativos. Há acúmulo de resíduos sólidos, como cilindros vazios, barracas abandonadas e embalagens. Estima-se que toneladas de lixo estejam espalhadas pelas rotas de escalada. Expedições de limpeza têm sido organizadas para mitigar esses impactos.

Corpos congelados na montanha

Os corpos de alpinistas que faleceram durante a escalada permanecem na montanha, em razão da dificuldade e dos riscos envolvidos na remoção. Um dos exemplos mais conhecidos é o chamado “Green Boots”, identificado como Tsewang Paljor, que morreu durante uma tempestade em 1996. Suas botas verdes se tornaram um marco na trilha.

Tragédia de 1996

Em 1996, uma tempestade matou oito escaladores de diferentes países. O episódio foi registrado no livro “No Ar Rarefeito”, de Jon Krakauer, e adaptado para o cinema no filme “Everest”, lançado em 2015.

Recordes individuais

O Kami Rita sherpa já escalou o Monte Everest mais de 28 vezes. Jordan Romero, dos Estados Unidos, chegou ao cume aos 13 anos. Yuichiro Miura, do Japão, atingiu o topo aos 80 anos. Erik Weihenmayer, dos Estados Unidos, foi o primeiro cego a chegar ao cume, em 2001.

Kami Rita recordista de subida ao topo do Monte Everest
Kami Rita recordista de subida ao topo do Monte Everest – Fonte: Go Outside

Formação geológica do Monte Everest

A estrutura geológica do Monte Everest é composta por rochas sedimentares, xistos e gnaisses. A formação do Himalaia começou há aproximadamente 50 milhões de anos. A montanha continua se elevando a uma taxa estimada de 4 milímetros por ano, devido à atividade tectônica.

Significado cultural e espiritual

As populações locais atribuem importância cultural e espiritual à montanha. Antes das expedições, os guias da etnia sherpa realizam cerimônias chamadas “pujas”, nas quais pedem proteção. O Everest é considerado uma entidade sagrada por muitos tibetanos e nepaleses.

Aclimatação e riscos médicos

A aclimatação é uma etapa essencial para evitar problemas de saúde relacionados à altitude. Os alpinistas realizam subidas e descidas entre campos-base durante várias semanas antes de iniciar o ataque ao cume. Mesmo com aclimatação, há risco de complicações médicas graves.

Aspectos psicológicos da escalada

A escalada exige também resistência mental. Os participantes enfrentam cansaço extremo, isolamento e longos períodos de espera. Há exigência de disciplina, foco e controle emocional para lidar com situações imprevistas, atrasos e contratempos.

Congestionamentos na trilha final

O aumento no número de permissões levou a casos de congestionamento no topo. Em 2019, uma imagem registrou mais de 200 pessoas aguardando em fila para alcançar o cume. Permanecer na “zona da morte” por longos períodos eleva o risco de falhas orgânicas.

Regras mais rígidas e novas exigências

Para evitar problemas, o governo nepalês passou a exigir comprovação de experiência prévia em montanhas com mais de 6.500 metros. Também exige atestado médico e contratação de guias licenciados. Essas medidas visam aumentar a segurança e reduzir os impactos ambientais.

Logística de uma expedição ao Everest

A logística de uma expedição ao Everest começa em Katmandu, capital do Nepal. De lá, os alpinistas seguem de avião até Lukla. Em seguida, iniciam uma caminhada de aproximadamente 10 dias até o Campo Base, a 5.364 metros de altitude.

Papel dos sherpas na escalada

A alimentação, o transporte de cargas e a montagem dos acampamentos são feitos com o apoio dos sherpas. Eles são adaptados geneticamente às condições de altitude elevada e realizam tarefas técnicas e logísticas essenciais para o sucesso da escalada.

Economia local e dependência do turismo

O turismo de montanha movimenta centenas de milhões de dólares por ano no Nepal. Hotéis, empresas de trekking, lojas de equipamentos e serviços de transporte se beneficiam diretamente das atividades no Everest. Essa dependência exige equilíbrio com ações de preservação.

Mudanças climáticas e degelo das geleiras

As mudanças climáticas têm impacto direto sobre o Everest. O derretimento das geleiras tem acelerado, modificando o relevo e aumentando o risco de deslizamentos. O degelo pode expor corpos enterrados há décadas e afetar o suprimento de água na região.

Presença feminina no Everest

A japonesa Junko Tabei foi a primeira mulher a alcançar o cume, em 1975. A indiana Arunima Sinha, com uma perna amputada, realizou a ascensão em 2013. A participação feminina continua crescendo, com apoio técnico e reconhecimento internacional.

Pesquisas científicas na montanha

Estudos no Everest envolvem clima, geologia e fisiologia humana. Estações meteorológicas instaladas em altitudes elevadas monitoram a temperatura, pressão e ventos. Os dados auxiliam no estudo da saúde em condições extremas e na previsão de desastres.

Dados climáticos e estudos ambientais

O Everest serve como local de coleta de dados sobre o clima da Terra. Amostras de gelo revelam composições atmosféricas antigas. Esses registros são úteis para análises sobre o aquecimento global e mudanças ambientais ao longo dos milênios.

Planejamento e requisitos técnicos

A escalada ao Everest requer autorização, seguro, exames médicos e equipes técnicas. Também exige preparação física, treinamento em escalada, primeiros socorros e resistência a frio extremo e baixa pressão atmosférica.

Duração e cronograma da expedição

A permanência média no Nepal para uma escalada ao Everest varia de 45 a 60 dias. Esse tempo é necessário para aclimatação, preparação e espera por condições climáticas favoráveis. As janelas ideais de tempo ocorrem entre abril e maio.

Estatísticas e causas de mortes

Os riscos de morte na escalada ao Everest giram em torno de 1%. As principais causas são exaustão, queda, avalanche, edema cerebral ou pulmonar e congelamento. A maioria dos óbitos ocorre na descida.

Segurança e variáveis críticas

A segurança depende da experiência da equipe, equipamentos adequados, previsão climática e gestão de tempo. A demora em pontos estratégicos pode comprometer o sucesso e colocar vidas em risco.

Rotas de ascensão

As duas principais rotas são a sul (Nepal) e a norte (Tibete). A rota sul é mais popular e possui mais infraestrutura. A rota norte apresenta ventos mais fortes e passagens técnicas expostas.

Tecnologia e aumento das tentativas

O número de ascensões bem-sucedidas aumenta anualmente. A proporção de acidentes fatais permanece estável. Equipamentos mais leves, previsões meteorológicas e comunicação por satélite aumentaram a eficácia das escaladas.

Importância científica e simbólica

O Everest é referência para calibragem de sensores, medições geográficas e estudos de altimetria. É também símbolo de ponto culminante em escaladas de alta performance e desafios de resistência física.

Preservação e responsabilidade ambiental

A manutenção do Everest exige cooperação internacional, leis ambientais e monitoramento constante. A conciliação entre turismo e conservação é um desafio contínuo para governos e montanhistas.

Medições e consenso internacional

O Everest mantém a posição de ponto mais elevado da Terra, com base em medições modernas. Nenhuma outra montanha supera sua elevação medida a partir do nível médio dos oceanos.

Participação em programas globais de observação

O Everest integra redes de observação da Terra. Dados gerados ali são utilizados por agências como NASA, ESA e centros de meteorologia. Ele também contribui para estudos sobre regiões de alta altitude em escala global.

Desafios e dados que sustentam o título de montanha mais alta

A classificação do Everest como ponto mais alto do planeta é baseada em medições modernas de altimetria por satélite, GPS e radar. Sua elevação, calculada a partir do nível médio do mar, ultrapassa qualquer outro pico conhecido, consolidando sua posição entre os recordes geográficos naturais da Terra.

Outros recordes que impressionam

Se o Monte Everest impressiona pela sua altura, outros recordes também chamam atenção pela grandiosidade e singularidade. Descubra, por exemplo, qual é a maior coleção de Funko Pops do mundo, conheça o jovem que aprendeu 20 idiomas sozinho e explore os corredores da maior biblioteca já construída. Tudo isso está na categoria Recordes Interessantes, que reúne os feitos mais surpreendentes já registrados. Leia agora:

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Referências

Monte Everest: localização, altura e história
Fonte: Britannica

Nepal restringe escalada ao Everest a alpinistas experientes
Fonte: CNN

Monte Everest: fatos e curiosidades
Fonte: Live Science

Everest – O pico mais alto do mundo
Fonte: Nepal Tourism Board

Kami Rita Sherpa escala o Everest pela 26ª vez e quebra o próprio recorde mundial
Fonte: Go Outside

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