Dia das mães
O Dia das Mães é uma das datas comemorativas mais celebradas no mundo. Em diversos países, essa ocasião é marcada por homenagens, presentes, flores e, claro, muito carinho. Mas o que poucos sabem é que essa celebração guarda curiosidades fascinantes sobre suas origens, mudanças ao longo do tempo, diferentes formas de comemoração e até protestos. Neste artigo, reunimos 10 fatos inusitados e surpreendentes sobre o Dia das Mães que mostram como essa data vai muito além de um simples gesto comercial.
1. Celebrar mães vem da antiguidade, não do comércio
As raízes do Dia das Mães remontam a tradições religiosas e festivais da antiguidade. Os gregos homenageavam Reia, mãe dos deuses, enquanto os romanos cultuavam Cibele com grandes celebrações. Esses rituais eram profundamente espirituais e ligados ao conceito da fertilidade e da proteção divina. Já o “Mothering Sunday” surgiu na Inglaterra do século XVII como uma pausa para que empregados servissem suas mães, antecipando o caráter familiar da data.
2. Anna Jarvis fundou o feriado e sua mãe foi a inspiração
Ann Reeves Jarvis, mãe de Anna, organizava grupos de apoio a mães e soldados feridos na Guerra Civil Americana. Após sua morte, Anna Jarvis iniciou uma campanha para criar um dia nacional de homenagem às mães, promovendo eventos religiosos e enviando cartas ao governo e à imprensa. Em 1914, seu esforço foi atendido e o segundo domingo de maio se tornou oficial nos EUA.

3. A criadora se arrependeu do próprio legado
Anna Jarvis acreditava que o Dia das Mães deveria ser uma ocasião íntima, centrada em cartas escritas à mão e tempo de qualidade com as mães. Quando a data foi apropriada pelo comércio — com cartões impressos, chocolates padronizados e lucros exorbitantes — ela iniciou uma luta contra a comercialização. Sua rejeição à forma como a celebração evoluiu foi tão intensa que dedicou o resto da vida à tentativa de revogar a data.

4. A data é internacional, mas com rostos e ritmos diferentes
Enquanto o Brasil segue o modelo americano, países como a Tailândia celebram o Dia das Mães no aniversário da rainha, exaltando o papel maternal da monarquia. Já na Etiópia, famílias inteiras se reúnem por vários dias com cantos e pratos típicos. No Nepal, celebra-se o “Mata Tirtha Aunsi”, em memória às mães falecidas. Cada cultura imprime à data um significado único e simbólico.
5. A economia agradece: o impacto bilionário da data
As compras para o Dia das Mães movimentam o varejo mais do que o Dia dos Namorados e o Dia das Crianças, ficando atrás apenas do Natal. Em países como os EUA, o gasto médio por consumidor ultrapassa US$ 200. As campanhas apelam à emoção com slogans que associam carinho a presentes, enquanto restaurantes, floriculturas e e-commerces registram picos de vendas nas semanas que antecedem a data.
6. Dia das Mães também é espaço de reivindicação
Em várias partes do mundo, mães aproveitam a data para destacar temas sociais. Na Argentina, as Madres de Plaza de Mayo se tornaram símbolo de resistência contra a ditadura militar. No Chile e no México, protestos exigem justiça por filhos desaparecidos. Até hoje, em algumas comunidades indígenas do Brasil, mães usam a ocasião para reivindicar melhores condições de vida e saúde.
7. Recorde de filhos: uma façanha quase inacreditável
A esposa de Feodor Vassilyev, camponesa russa do século XVIII, detém o recorde oficial de maior número de filhos: 69. Foram 27 partos ao longo da vida, incluindo múltiplos como gêmeos, trigêmeos e quadrigêmeos. Embora o caso seja documentado em registros do Monastério de Nikolsk, até hoje ele gera debates entre historiadores. De qualquer forma, é uma das curiosidades mais extremas da maternidade.

8. Prisões permitem reencontros simbólicos
No Brasil, algumas penitenciárias concedem saída temporária a presas em regime semiaberto durante o Dia das Mães. O objetivo é promover o reencontro com os filhos e preservar vínculos familiares. Já em países como Canadá e Holanda, há iniciativas que organizam visitas especiais, apresentações infantis e encontros com filhos em ambientes seguros dentro das próprias instituições prisionais.
9. Datas alternativas carregam significados históricos
O Egito comemora o Dia das Mães em 21 de março, celebrando a chegada da primavera. Na Coreia do Sul, existe o “Dia dos Pais”, celebrado em 8 de maio, que homenageia simultaneamente mães e pais. Já na França, o dia coincide com o último domingo de maio ou o primeiro de junho, dependendo da celebração do Pentecostes. Essas variações reforçam a flexibilidade cultural da homenagem às mães.
10. O mercado de flores se transforma na véspera
As vendas de flores no Dia das Mães representam quase um terço da receita anual de algumas floriculturas. A logística para atender à demanda envolve contratos internacionais, fretes aéreos e expansão de estoques nas semanas anteriores. A floricultura Hilverda De Boer, uma das maiores da Europa, envia milhões de unidades para mais de 60 países, com destaque para lírios, tulipas e orquídeas. O auge da movimentação ocorre entre o final de abril e a primeira semana de maio.
FAQ (Perguntas Frequentes)
Qual a origem dos Dias das Mães?
A origem remonta a festivais da Grécia Antiga, mas o modelo atual surgiu nos Estados Unidos, por iniciativa de Anna Jarvis.
Por que o Dia das Mães é comemorado em datas diferentes pelo mundo?
A variação está ligada a fatores históricos, culturais e religiosos de cada país.
A criadora do Dia das Mães era contra a comercialização da data?
Sim. Anna Jarvis lutou até o fim da vida para evitar que a celebração fosse usada para fins comerciais.
O Dia das Mães é feriado nacional?
Em muitos países, como o Brasil e os EUA, não é feriado, mas é uma das datas comemorativas mais respeitadas e celebradas.
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Referências
A mãe mais prolífica da história
Fonte: Guinness World Records
Curiosidades sobre o Dia das Mães
Fonte: National Geographic
A história do Dia das Mães e como ele se tornou o pesadelo de sua fundadora
Fonte: National Geographic