O que são os círculos de gelo?
Círculos de gelo são discos quase perfeitamente circulares de gelo que se formam e giram lentamente em cursos d’água parcialmente congelados. Eles podem ter desde alguns centímetros até dezenas de metros de diâmetro. Em condições ideais, giram suavemente como um disco em câmera lenta, hipnotizando quem os observa.
Esses círculos de gelo não são obra de seres místicos ou alienígenas, como alguns já chegaram a sugerir. São, na verdade, o resultado de processos físicos naturais envolvendo temperatura, correnteza e rotação da água. Além disso, são um exemplo fascinante de como a natureza pode gerar padrões geométricos quase perfeitos de forma espontânea.
Onde ocorrem essas formações?
Embora sejam raros, os círculos de gelo já foram registrados em diversos países:
- Estados Unidos: particularmente nos estados do Maine, Dakota do Norte e Washington.
- Canadá: em rios de Alberta e Quebec.
- Países nórdicos: como Suécia, Noruega e Finlândia.
- Rússia: em regiões frias da Sibéria.
As condições ideais para a formação envolvem água com fluxo lento, temperaturas abaixo de zero e uma leve rotação natural da corrente. Vale destacar que essas formações não ocorrem em qualquer lugar frio — elas dependem de uma combinação específica de fatores físicos e climáticos.
Como os círculos de gelo se formam?
A explicação mais aceita é a seguinte:
- Uma parte da superfície do rio começa a congelar de maneira irregular.
- Um redemoinho suave na corrente faz com que uma placa de gelo gire.
- Enquanto gira, o gelo roça contra as bordas do rio ou outros pedaços de gelo.
- Esse atrito desgasta as extremidades do bloco, moldando-o em forma circular.
Ademais, o movimento constante contribui para manter a simetria do disco, impedindo que ele se quebre ou se funda com o restante da superfície congelada. Como resultado, temos um círculo perfeito que parece desafiar a lógica.
Em muitos casos, essas formações surgem em locais onde o rio tem uma leve curvatura ou sofre algum desnível natural, o que facilita o surgimento do redemoinho. Esse detalhe é crucial para que o disco não apenas se forme, mas também continue girando lentamente.
Curiosidades e registros impressionantes
- Um dos maiores círculos de gelo já registrados surgiu em 2019 no rio Presumpscot, em Westbrook, Maine, com cerca de 91 metros de diâmetro.
- Em 2009, na Estônia, um círculo com quase 50 metros girava lentamente em um rio local, surpreendendo moradores e cientistas.
- Vídeos dessas formações girando viralizam com frequência nas redes sociais, despertando fascínio em todo o mundo.
- Algumas culturas antigas viam os círculos como presságios ou sinais sobrenaturais. Apesar disso, a ciência oferece uma explicação racional e elegante para esse espetáculo natural.
Além dos registros mais famosos, há diversos casos documentados por pesquisadores e observadores amadores, que frequentemente utilizam drones para registrar imagens aéreas impressionantes. Esse recurso tecnológico, aliás, tem sido fundamental para o estudo mais detalhado dessas formações.
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Conclusão
Embora pareçam surreais, os círculos de gelo são frutos de uma combinação delicada entre física e clima. São mais uma prova de que a natureza, quando observada de perto, revela padrões de uma beleza e complexidade que surpreendem até os olhos mais acostumados com o extraordinário.
Em suma, esses fenômenos nos lembram de que, mesmo nos ambientes mais hostis e gélidos do planeta, há espaço para beleza, mistério e maravilhamento. Portanto, da próxima vez que ouvir falar sobre um disco de gelo girando em um rio, lembre-se de que está diante de uma dança silenciosa, esculpida pelo próprio planeta.
Referências
Discos de gelo giratórios: estudo revela a física por trás do fenômeno.
Fonte: National Geographic
Disco de gelo gigante girando impressiona em rio dos EUA.
Fonte: BBC News
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