Fenômeno raro de raio globular capturado no céu noturno, formando uma esfera elétrica flutuante.

Raio globular: Conheça o fenômeno da esfera elétrica flutuante

Imagine ver uma esfera de luz flutuando silenciosamente pela sala, atravessando janelas e desaparecendo sem deixar rastros. O raio globular é um dos fenômenos mais intrigantes da natureza e até hoje a ciência tenta entender como e por que ele ocorre.

O mistério das esferas elétricas flutuantes

Entre todos os fenômenos naturais que desafiam nossa compreensão, o raio globular talvez seja o mais enigmático. Ao contrário dos relâmpagos convencionais, que cortam os céus com estrondo e luminosidade intensa, o raio globular aparece como uma esfera luminosa, geralmente do tamanho de uma bola de tênis a uma bola de futebol, flutuando lentamente e, por vezes, atravessando paredes ou objetos sólidos.

O fenômeno é tão raro e imprevisível que, por séculos, foi tratado como mito ou superstição. Apenas recentemente ganhou atenção científica mais séria, ainda que continue envolto em dúvidas e teorias.


O que é o raio globular?

O raio globular, também conhecido como “raio em bola”, é um tipo raro de descarga elétrica atmosférica que ocorre em condições de tempestade. Diferente do relâmpago tradicional, ele se manifesta como uma esfera brilhante, flutuante e silenciosa (ou com leve zumbido), que pode durar de alguns segundos até quase um minuto.

Explicação científica do raio globular

Não existe consenso científico sobre a origem exata do raio globular, mas várias hipóteses tentam explicar sua existência:

  • Teoria do plasma: sugere que o raio globular é feito de gás ionizado (plasma), preso em um campo magnético que mantém sua forma esférica.
  • Teoria química: propõe que compostos como silício vaporizado pela descarga elétrica se condensam e reagem com o oxigênio, gerando a luminosidade.
  • Teoria da micro-ondas: indica que micro-ondas geradas por relâmpagos convencionais criam cavidades de plasma em forma de esfera.
  • Teoria topológica: acredita-se que o campo magnético do raio pode gerar estruturas complexas de energia estável que flutuam por um tempo.

A maior dificuldade em entender o fenômeno é sua raridade, o que dificulta a observação direta ou reprodução em laboratório.

raio globular é uma esfera elétrica flutuante rara e misteriosa

Casos famosos de raio globular

Aparição em um avião da Aeroflot (1984)

Durante um voo da companhia soviética Aeroflot, uma esfera de luz entrou na cabine de comando, atravessando o avião e desaparecendo após alguns segundos. Não houve feridos, mas a tripulação ficou em choque.

Incidente em Dorset, Inglaterra (1963)

Um raio globular entrou por uma janela fechada, cruzou a sala diante de testemunhas e explodiu ao tocar uma parede. O evento foi documentado por meteorologistas locais e é citado como um dos mais bem registrados.

Navio HMS Warren Hastings (século XIX)

Durante uma tempestade no oceano Índico, marinheiros relataram ver bolas de fogo flutuando sobre os mastros. A descrição é compatível com raios globulares.

Esses registros ajudam a reforçar a legitimidade do fenômeno e impulsionaram estudos mais rigorosos ao longo do século XX.


Curiosidades sobre o raio globular

  • Não segue leis da física convencionais: Muitos relatos afirmam que o raio globular pode atravessar vidro ou metal sem danificar estruturas — algo que contraria o comportamento esperado de matéria e energia.
  • Pode aparecer em ambientes fechados: Há registros de esferas elétricas surgindo dentro de casas, trens ou aviões, mesmo sem entrada visível.
  • Cor variável: Embora o mais comum seja o amarelo ou laranja, também há relatos de esferas azuis, vermelhas ou até esverdeadas.
  • Som e cheiro: Alguns testemunhos relatam cheiro de ozônio ou enxofre e sons semelhantes a um zumbido ou assobio agudo.
  • Pode ser mortal: Há relatos de explosões ao final da manifestação que causaram incêndios ou lesões, embora sejam extremamente raros.

Onde e quando o fenômeno ocorre?

O raio globular pode surgir em qualquer parte do mundo, mas é mais comum durante tempestades com intensa atividade elétrica. Não existe uma estação definida ou local privilegiado, embora áreas tropicais e regiões montanhosas tenham mais relatos.

Alguns dos lugares com maior número de ocorrências incluem:

  • Rússia (especialmente em regiões montanhosas e florestais)
  • China (províncias como Yunnan)
  • América do Norte (relatos em áreas rurais do Texas, Kansas e Colúmbia Britânica)
  • Europa (principalmente Reino Unido e Alemanha)

Como não há como prever sua aparição, os registros continuam sendo esporádicos e dependem de testemunhos confiáveis.


Por que a ciência ainda não explica o raio globular?

A dificuldade em reproduzir o fenômeno em laboratório é um dos maiores entraves. As tentativas mais recentes, como a feita por cientistas chineses em 2012, chegaram a criar pequenas esferas de plasma que lembram o raio globular, mas com duração e comportamento limitados.

Outro desafio é a subjetividade dos relatos. Muitos casos se baseiam apenas em testemunhos orais ou escritos, sem imagens ou dados físicos. Apesar da tecnologia moderna, capturar um raio globular de forma confiável continua sendo um feito raro.

Mesmo assim, o crescente número de registros, somado ao interesse da física atmosférica, indica que novas descobertas podem estar por vir.


O fascínio que ultrapassa a ciência

O raio globular não é apenas um fenômeno meteorológico: ele ocupa um lugar especial na imaginação coletiva. Foi citado em diários de exploradores, crônicas de guerra, histórias de avistamentos sobrenaturais e até obras de ficção científica.

Na cultura popular, o fenômeno é associado a fantasmas, OVNIs e poderes místicos. Em jogos e filmes, aparece como uma bola de energia capaz de flutuar, causar danos ou carregar informações. E embora a ciência rejeite essas interpretações sobrenaturais, a estética e o mistério do raio globular o mantêm vivo na cultura humana.


Um fenômeno que ainda desafia as leis da natureza

Poucos eventos naturais despertam tanta curiosidade e controvérsia quanto o raio globular. Ele combina beleza, perigo e mistério em uma única esfera flutuante que parece surgir do nada e desaparecer sem deixar rastros.

A ciência ainda não desvendou todos os seus segredos, mas a busca continua. Cada novo relato, cada observação filmada ou medida registrada aproxima a humanidade de compreender esse raro espetáculo do céu.


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Referências do texto e das imagens

Raio globular observado e analisado pela primeira vez na natureza
Fonte: New Scientist

Raio globular: nova teoria explica um dos fenômenos mais estranhos
Fonte: Nautilus

Raio globular descrito em manuscrito medieval é o mais antigo já registrado
Fonte: Daily Mail

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